Paciente toca violão durante cirurgia no cérebro

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O músico britânico Colin Miller teve uma experiência única ao tocar violão enquanto passava por uma delicada cirurgia para a remoção de um tumor cerebral.

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Com 64 anos, Miller foi diagnosticado com glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral. Os médicos do King’s College Hospital, em Londres, estavam preocupados com o impacto da cirurgia na mobilidade das mãos do músico. Como resultado, ofereceram-lhe a opção de permanecer acordado durante o procedimento.

“O médico perguntou como eu uso os movimentos motores do meu lado esquerdo, e eu disse a ele que toco violão. Toda a experiência foi fascinante. Fiquei acordado no meio da cirurgia e toquei músicas diferentes”.

“Eu não conseguia tocar nenhuma música conhecida, mas dedilhava acordes”, conta Miller à Brain Tumour Research, uma instituição de pesquisa sobre câncer cerebral.

Com isso, o glioblastoma é um tumor do sistema nervoso central que se desenvolve no cérebro ou na medula espinhal. Ele cresce rapidamente e é considerado altamente agressivo.

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Os sintomas variam dependendo de onde o tumor está localizado. Por exemplo, se ele atinge a área responsável pela fala, o paciente pode ter dificuldades para se comunicar. Caso afete a região que controla os movimentos do braço, a força do membro pode ser comprometida.

À medida que o tumor se expande, outros sintomas podem aparecer, como dores de cabeça, perda de apetite, dificuldades de equilíbrio e coordenação, alterações de humor, problemas de memória e de fala, convulsões, náuseas e vômitos, além de mudanças na visão.

O tratamento do glioblastoma geralmente envolve uma cirurgia delicada para remover o máximo possível do tumor, de modo a preservar as funções cerebrais.

Colin passou por uma cirurgia de oito horas há pouco mais de um ano. Após o procedimento, ele iniciou um tratamento com quimioterapia e radioterapia, além de acompanhamento regular no hospital.

Recentemente, o músico voltou a ensaiar com a banda da igreja. Para ele, cantar se tornou mais fácil do que conversar. “Falar e cantar são duas habilidades diferentes. Meu cérebro demora um pouco para processar durante as conversas, mas quando estou cantando, consigo interpretar bem as letras”, afirma.

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