Na madrugada fria de domingo, 29 de dezembro, Yahya Al-Batran acordou com o coração apertado. O som da voz de sua esposa, Noura, ecoou pelo acampamento improvisado onde viviam, na Faixa de Gaza, enquanto ela tentava, em vão, acordar seus filhos gêmeos, Jumaa e Ali, de apenas um mês de vida. O inverno brutal e as chuvas incessantes haviam transformado seus dias em uma luta constante pela sobrevivência, mas aquele momento indicava um terror indescritível.
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Noura, com a voz trêmula, revelou a tragédia: “Ela disse que estava tentando acordar Jumaa, mas ele não estava acordando, e eu perguntei sobre Ali e ela disse que ele também não estava acordando”, disse Yahya à Reuters.
O desespero de Yahya se materializou quando, ao segurar o corpo do pequeno Jumaa, ele se deparou com uma realidade gelada: o filho estava branco, congelado, como se a vida tivesse sido tirada dele pela implacável frieza da noite.
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O diagnóstico foi devastador: hipotermia. Jumaa, uma das seis vítimas fatais da exposição ao frio, não resistiu. Ali, embora ainda vivo, se encontrava em estado crítico, lutando pela vida no hospital. O sofrimento da família, intensificado pela guerra, tornou-se uma dor insuportável.
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