O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que considera “extremamente grave” a decisão da Meta de flexibilizar suas políticas de moderação de conteúdo nas redes sociais. Ele convocou uma reunião para discutir o tema após o anúncio feito por Mark Zuckerberg, fundador e CEO da empresa, sobre mudanças que afetam plataformas como Facebook, WhatsApp e Instagram.
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— Vou fazer uma reunião hoje para discutir a questão da Meta. Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete um crime na imprensa escrita — declarou o presidente. Ele ainda completou: — É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e não pudesse ser punido se ele faz a mesma coisa na digital.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também comentou a decisão da Meta, reforçando a necessidade de responsabilização das grandes plataformas.
— Não é possível você ter uma plataforma de presença global, sem responsabilidade, sem responsabilização. Não pode desinformar as pessoas, não pode caluniar, mentir, difamar, precisa ter responsabilidade — afirmou em entrevista à Rádio Eldorado.
Lula também destacou que a soberania dos países deve ser preservada frente às decisões das big techs.
— O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, não podem três cidadãos acharem que pode ferir a soberania de uma nação.
A decisão da Meta, anunciada na terça-feira, inclui o fim do programa de checagem de fatos e maior liberdade para conteúdos políticos. Especialistas alertam que as mudanças podem representar um retrocesso, aumentando a desinformação e alinhando a empresa a posições do futuro governo de Donald Trump
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