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Mulheres tinham o poder em comunidades na Inglaterra em período pré-histórico, segundo pesquisa

Descoberta na Inglaterra chamou atenção. (Foto: Reprodução)

Pesquisadores descobriram que laços familiares femininos estavam no centro das redes sociais na sociedade celta na Grã-Bretanha antes da invasão romana.

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De acordo com os indícios, as mulheres administravam terras e propriedades, enquanto os maridos dependiam delas para a subsistência e não o contrário.

Assim, a descoberta foi feita a partir de análises em um cemitério localizado em Dorset, a cerca de 200 quilômetros de Londres.

No local, foram encontradas sepulturas de famílias da tribo Durotriges, um grupo celta que viveu na região há mais de dois mil anos.

Com isso, os pesquisadores analisaram os genomas de 57 indivíduos da tribo e descobriram que dois terços deles descendiam de uma única linhagem materna.

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A análise revelou uma conexão clara com uma linha matriarcal, incluindo uma mulher adulta, sua filha, suas netas adultas e um provável bisneto.

Além disso, oito dos dez membros da família que não faziam parte dessa linhagem eram homens, provavelmente casados com mulheres da comunidade.

Ou seja, a maior parte da população local era descendente da família da mulher, o que demonstra que não eram elas que deixavam suas comunidades para viver ao lado do marido, mas o contrário.

Esse achado sugere que as mulheres permaneciam nos mesmos círculos sociais ao longo da vida, mantendo redes de relacionamento e provavelmente herdando ou administrando terras e propriedades. O marido, por sua vez, chegava como estrangeiro e se tornava dependente da fonte de renda da mulher para a subsistência.

A saber, a pesquisa, considerada revolucionária, foi publicada na revista Nature, uma das mais renomadas publicações científicas, na quarta-feira (16).

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