Participar do Big Brother Brasil é o sonho de muitos, mas também um grande teste de resistência emocional. Natália Deodato, ex-participante da edição de 2022, compartilhou detalhes de sua experiência no reality e os desafios enfrentados dentro e fora da casa. Em entrevista à revista Quem, ela revelou que o confinamento foi mais intenso do que imaginava.
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“A dinâmica do programa surpreende em todos os sentidos. Lidar com pessoas de vivências completamente diferentes e enfrentar situações que despertavam sentimentos guardados foi extremamente difícil. Por diversas vezes, me vi no meu limite”, declarou.
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Natália também refletiu sobre atitudes que gostaria de ter tomado de forma diferente durante o programa. “Querer ser aceita foi uma grande problemática para mim. Não saber demonstrar fragilidade marcou muito minha trajetória, assim como os momentos de embates e a falta da minha família. Isso trouxe um misto de carência e solidão que acabei projetando em outra pessoa dentro da casa. Hoje, vejo como poderia ter lidado melhor com tudo isso.”
Além das pressões emocionais, Natália enfrentou críticas ligadas à sua aparência, especialmente devido ao vitiligo, condição não contagiosa que provoca manchas claras na pele. Apesar de ter recebido apoio e carinho do público, ela ressaltou os desafios de inclusão no mercado e as cobranças estéticas enfrentadas por pessoas negras e com corpos diversos. “A pressão é enorme. O discurso de inclusão é lindo, mas a prática ainda está distante disso. Querem cobrar tudo: corpo, cabelo, traços. É preciso muita maturidade para não enlouquecer.”
A ex-BBB revelou que, após deixar o programa, enfrentou um período de depressão. “Me afastei de tudo e de todos porque precisava me acolher. Entrei em extrema depressão, achava que poderia ter feito mais, e isso me doía. As críticas ao meu corpo e às minhas manchinhas foram muito pesadas. Mas, com terapia e medicação, consegui superar e encontrar equilíbrio.” Hoje, Natália vê sua trajetória no reality como um marco importante para a representatividade e espera que sua história inspire outras pessoas a se aceitarem como são
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