Kelly Stonelake, ex-diretora de marketing de produtos na Meta (dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads) nos EUA denunciou a existência de uma cultura de silenciamento e discriminação contra mulheres na empresa em uma publicação no seu LinkedIn na terça-feira (4).
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“A verdade não importa para Mark Zuckerberg, mas importa para mim”, disse Stonelake, citando o presidente-executivo da Meta ao criticar o encerramento recentemente do programa interno de diversidade e inclusão.
De acordo com o site Business Insider, a ex-funcionária entrou com um processo contra a big tech, acusando a empresa de discriminação e assédio. No LinkedIn, Stonelake repercutiu a reportagem e deu mais detalhes sobre sua história.
A ex-diretora trabalhou na empresa de Zuckerberg por 15 anos e disse que perdeu o emprego após se posicionar contra racismo no Horizon, um aplicativo de realidade virtual da Meta.
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“Quando levantei o problema, eu me tornei o problema — um padrão que silencia as mulheres em todos os lugares, todos os dias”, disse.
A ex-funcionária também relatou que foi abusada por um chefe durante uma viagem de negócios, que teve promoções negadas pelo fato de ser mulher e que a orientaram a agir de forma “menos inteligente” na empresa.
“Fui agarrada pela virilha, gritaram comigo, me disseram para se envolver intimamente com meu chefe para ser promovida. Sobrevivi a tudo. Nada me destruiu tanto quanto um trabalho em que eu tinha que dizer ‘não’ a homens poderosos”, disse na publicação.
“Quando a liderança da Meta me rejeitou e me excluiu, não estava apenas marginalizando mulheres: estava priorizando o poder em vez das pessoas”, destacou.
Kelly Stonelake citou também um comentário recente de Zuckerberg sobre as empresas de tecnologia supostamente precisarem de “mais energia masculina”.
“Onde Mark Zuckerberg discursa sobre as empresas precisarem ser mais masculinas, onde ele desmantela ativamente suas equipes de DEI e onde ele encobre salvaguardas, meu caso demonstra algo inegável: ambientes tóxicos e discriminatórios não são apenas errados, eles são anti-inovação. Odiar mulheres prejudica a todos”, afirmou.
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