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Jovem passa por 36 médicos antes de descobrir diagnóstico

Renan descobriu que tinha a doença após vários anos de sintomas como desequilíbrio, quedas frequentes e dificuldades em atividades cotidianas. (Foto: Reprodução/Instagram)

Renan Treglia, de 24 anos, descobriu ser portador de uma doença degenerativa. Seus primeiros sintomas surgiram aos 16 anos. Na época, ele se desequilibrava facilmente e não conseguia carregar um copo de água sem entornar. Além disso, o rapaz tinha muita dificuldade para cortar legumes e cozinhar, um de seus hobbies. Os sinais logo evoluíram para tombos constantes. Para receber o diagnóstico de ataxia de Friedreich (AF), foi uma verdadeira saga!

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A dificuldade para descobrir o diagnóstico

Em entrevista ao portal “Metrópoles”, Renan contou: “Primeiro, procuramos um ortopedista. Nossa suspeita era que um pé quebrado anos antes estava causando o desequilíbrio. Cheguei a fazer um ano de fisioterapia para me ajudar com a marcha, até que o fisioterapeuta nos chamou e disse que o problema devia ser neurológico.“, lembrou logo a princípio. Em seguida, ele e a família procuraram um neurologista. Em suma, o especialista decretou que o problema era mesmo ortopédico. O ortopedista, porém, descartou problemas ósseos. Na sequência, o jovem foi encaminhado para outro neuro. Entre idas e vindas, o rapaz se consultou com 36 especialistas!

Em outubro de 2020, um exame genético confirmou o diagnóstico de ataxia de Friedreich. A doença, causada pela mutação em um gene específico afetou o emocional de Renan e da família: “Foi um baque muito grande, a gente não acreditava. É uma doença muito rara, meus pais entraram em depressão porque se sentiam culpados. Eu tive muitas crises de ansiedade, de depressão, faço até hoje acompanhamento com psiquiatra. É algo muito difícil para mim.“, desabafou posteriormente.

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Doença incurável

Em suma, a ataxia de Friedreich não tem cura, e os sintomas vão evoluindo e piorando pouco a pouco. Atualmente, Renan tem dificuldade para caminhar. Por conta da condição de saúde, ele também precisou aceitar que alguns planos nunca seriam realizados. O sonho dele de ser piloto de avião, por exemplo, não será possível: “Uma pessoa com ataxia não pode ser piloto. Pensar nisso me afeta muito. Eu tinha planos para o futuro que precisaram ser adaptados.“, lamentou por fim.

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