Um cientista francês foi detido e impedido de entrar nos Estados Unidos por causa de mensagens críticas ao presidente americano, Donald Trump.
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De acordo com a agência de notícias France Press, o homem estava a caminho de uma conferência em Houston, no Texas, no dia 9 de março, quando agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA o selecionaram para uma revista mais abrangente e acabaram encontrando as mensagens ao revistarem seus equipamentos eletrônicos.
Segundo uma fonte que não quis se identificar, as autoridades norte-americanas rotularam as conversas encontradas, em que o francês criticava os cortes radicais em pesquisas científicas nos EUA a amigos, como “ódio contra Trump” e afirmaram que elas “poderiam ser qualificadas como terrorismo”.
Com isso, uma investigação do FBI também teria sido iniciada sobre o assunto, e o notebook e o celular dele foram confiscados.
Um dia depois, o pesquisador foi colocado em um avião de volta para a França e as acusações contra ele foram retiradas.
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Na quarta-feira (19), em declaração ao jornal francês “Le Monde”, o governo francês confirmou que o cientista, que estava em missão para o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, foi enviado de volta ao país por ter expressado uma “opinião pessoal” sobre a política de pesquisa dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores francês disse que os EUA são “soberanos” sobre a entrada e residência de estrangeiros em seu território e que os serviços consulares franceses foram “informados desta situação”, porém afirmou que “deplora esta situação” e reiterou sua “determinação em promover a liberdade de expressão”, bem como o compromisso do governo francês “com a cooperação acadêmica e científica”.
O governo dos EUA afirma que agentes de fronteira têm permissão para examinar dispositivos eletrônicos como parte de uma verificação de segurança aleatória.
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