Putin condiciona o cessar-fogo à saída de Zelensky da presidência

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que uma medida para encerrar a guerra seria a Ucrânia ser colocada em administração temporária até que haja novas eleições. A fala indica que Putin condiciona o cessar-fogo ao afastamento de Volodymyr Zelensky, atual presidente do país.

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Assim, a informação, divulgada pela agência de notícias Reuters, é da imprensa russa.

“Em princípio, é claro, uma administração temporária poderia ser introduzida na Ucrânia, sob a supervisão da ONU, dos Estados Unidos, dos países europeus e de nossos parceiros”, teria dito Putin aos marinheiros do porto Murmansk, na madrugada desta sexta (28) pelo horário local – madrugada da quinta (26), pelo horário de Brasília.

“Isso serviria para realizar eleições democráticas e levar ao poder um governo capaz, que tivesse da confiança do povo. E, então, iniciar negociações com eles sobre um tratado de paz”, afirmou.

Com isso, os comentários de Putin parecem abordar sua queixa de longa data de que as autoridades da Ucrânia não são um parceiro de negociação legítimo.

Isso porque o presidente Volodymyr Zelensky permaneceu no poder além do término de seu mandato em maio de 2024.

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A Rússia, disse Putin, era a favor de “soluções pacíficas para qualquer conflito, incluindo este, por meios pacíficos, mas não às nossas custas”.

Além das declarações sobre Zelensky, o presidente russo também disse acreditar que o presidente dos EUA, Donald Trump, queira, sinceramente, acabar com o conflito de mais de três anos.

Ele afirmou que os esforços de Trump para prosseguir com negociações diretas com a Rússia – em contraste com seu antecessor Joe Biden, que evitou contatos – mostraram que o novo presidente busca a paz.

“Na minha opinião, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos deseja sinceramente o fim do conflito por uma série de razões”, disse.

Putin também disse que a Rússia estava pronta para cooperar com muitos países, incluindo a Coreia do Norte, para ajudar a acabar com a guerra na Ucrânia.

Fontes ocidentais e ucranianas dizem que mais de 11 mil soldados norte-coreanos foram enviados para reforçar as tropas russas na região de Kursk, no oeste de Moscou, embora Moscou não tenha confirmado isso.

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