Acordo de venda do TikTok é suspenso após objeção da China, afirma agência

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Um acordo para separar os ativos norte-americanos do TikTok foi suspenso após a China sinalizar que não aprovaria a operação.

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Assim, a reprovação veio em resposta ao anúncio de tarifas feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo fontes familiarizadas com o assunto.

Na sexta-feira (4), Trump prorrogou por 75 dias o prazo para que a ByteDance vendesse os ativos do popular aplicativo de vídeos curtos nos Estados Unidos a um comprador não chinês.

Caso contrário, o TikTok enfrentaria uma proibição que deveria ter entrado em vigor em janeiro, conforme uma lei aprovada em 2024.

O acordo — cuja estrutura já estava praticamente finalizada até quarta-feira, segundo uma das fontes — previa a separação das operações do TikTok nos EUA em uma nova empresa sediada no país.

Com isso, o controle majoritário e a gestão ficariam sob responsabilidade de investidores norte-americanos, com uma participação da ByteDance inferior a 20%.

De acordo com uma fonte, o acordo já havia sido aprovado pelos investidores atuais, pelos novos investidores, pela ByteDance e pelo governo dos Estados Unidos.

No entanto, a ByteDance afirmou no sábado que ainda há divergências sobre os termos.

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“Continuamos em negociações com o governo dos EUA, mas ainda não foi alcançado um consenso. As duas partes têm diferenças significativas em vários pontos-chave”, afirmou a empresa em comunicado publicado em sua conta oficial na rede social chinesa WeChat.
“Acordos desse tipo estão sujeitos a procedimentos de revisão, conforme a legislação chinesa”, acrescentou.

A Embaixada da China em Washington, ao ser questionada sobre o status do acordo, declarou: “A China já expressou sua posição sobre o TikTok em diversas ocasiões. Sempre respeitamos e protegemos os direitos legítimos das empresas, e nos opomos a práticas que violem os princípios básicos da economia de mercado.”

A Associated Press foi a primeira a noticiar a oposição da China ao acordo.

“O acordo ainda precisa ser ajustado para garantir que todas as aprovações necessárias sejam obtidas”, afirmou Trump nas redes sociais, justificando a prorrogação do prazo inicialmente fixado para expirar no sábado.

“Esperamos continuar trabalhando de boa fé com a China, embora, pelo que sei, eles não estejam muito satisfeitos com nossas tarifas recíprocas.”

Atualmente, a China enfrenta uma tarifa de 54% sobre produtos exportados para os EUA, após Trump anunciar um aumento de 34% nesta semana, o que provocou uma retaliação por parte de Pequim na sexta-feira.

Trump afirmou que poderia reduzir essas tarifas como parte de um acordo com a ByteDance para viabilizar a venda do TikTok, aplicativo utilizado por cerca de 170 milhões de americanos.

Além disso, Trump afirmou ainda que sua administração está em contato com quatro grupos distintos para uma possível transação envolvendo o TikTok, mas não revelou os nomes.

Um dos principais obstáculos à concretização do negócio é a aprovação do governo chinês, que até o momento não assumiu publicamente o compromisso de autorizar a venda. As recentes declarações de Trump indicam uma oposição renovada por parte de Pequim.

“Estamos ansiosos para trabalhar com o TikTok e com a China para concluir o acordo”, escreveu Trump na sexta-feira. “Não queremos que o TikTok ‘fique no escuro'”, completou.

O Congresso aprovou a legislação no ano passado com apoio bipartidário, citando riscos de que o governo chinês pudesse utilizar o TikTok para espionagem e operações de influência nos Estados Unidos. O então presidente democrata Joe Biden sancionou a lei.

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