Jovem ucraniano choca juízes ao abandonar pódio e recusar foto ao lado de russo campeão

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Jovem ucraniano recusa-se a subir ao pódio com atleta russo e transforma gesto silencioso em símbolo de resistência internacional

Durante uma etapa da Youth Karate League, realizada entre os dias 3 e 6 de abril de 2025 na cidade de Guadalajara, em Espanha, um gesto silencioso e inesperado tornou-se um poderoso símbolo de protesto contra a guerra na Ucrânia.

O jovem ucraniano Yevhenii Melnyk, de apenas 13 anos, recusou-se a participar da tradicional foto oficial no pódio após conquistar a medalha de bronze na categoria até 45kg. O motivo? A presença no pódio do atleta russo Igor Grigorev, que competia sob bandeira neutra e havia conquistado o ouro.

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Melnyk, visivelmente incomodado, desceu do pódio, abanando a mão em sinal negativo, enquanto os organizadores pediam para que permanecesse. Recusou-se, com firmeza e em silêncio, a partilhar o momento de celebração com um representante — ainda que neutro — do país que invade o seu. O gesto rapidamente viralizou nas redes sociais e ganhou destaque na imprensa europeia.

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Em comunicado, a Federação Ucraniana de Karaté apoiou a decisão do jovem, agradecendo aos pais pela “educação adequada” e reforçando que o atleta recusou-se a “ser fotografado com terroristas”, numa declaração que gerou ampla repercussão internacional. Melnyk, apesar da idade, demonstrou uma consciência política profunda — e o seu ato foi aplaudido como um grito silencioso de justiça.

A organização do torneio, que tinha como objetivo promover a união e a diplomacia desportiva entre jovens atletas de diferentes nações, foi apanhada de surpresa. Ainda assim, respeitou a decisão do jovem ucraniano.

O episódio destaca como o conflito entre Rússia e Ucrânia ultrapassa fronteiras geográficas e militares, afetando emocional e simbolicamente até os mais jovens — crianças e adolescentes que hoje crescem entre o tatame e os traumas da guerra.

O gesto de Melnyk ecoa como um símbolo de resistência pacífica, e demonstra que, mesmo em campeonatos juvenis, o desporto também é palco de consciência, coragem e posicionamento.

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