A atriz Paolla Oliveira, de 43 anos, trouxe à tona uma realidade que ainda pesa sobre muitas mulheres brasileiras: a cobrança social em torno da maternidade. Em entrevista exibida nesta segunda-feira (5) no programa Roda Viva, da TV Cultura, a artista falou abertamente sobre o preconceito que já enfrentou por não ter filhos — incluindo a perda de oportunidades profissionais.
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“Não tenho mais vergonha. Eu inventava respostas e você vai achando que o problema é você”, desabafou. A atriz defendeu que a maternidade deve ser uma escolha consciente, jamais uma obrigação imposta. “Acho maternidade uma coisa tão linda, grandiosa e especial, que tem que ser uma decisão — de ter, de não ter, de ter depois. Eu congelei óvulos. Dei a mim mesma a possibilidade de escolher, que nem todas têm.”
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Paolla afirmou que, por não ser mãe, foi vista como “menos mulher” e chegou a perder trabalhos por ser considerada “menos família”. “Mulheres me paravam na rua e diziam: ‘achava que eu era estranha’. Já fui julgada por ser insensível, amarga. E teve uma publicidade em que acharam melhor não me escolher porque eu não era mãe”, contou.
Com um discurso que confronta estigmas enraizados, Paolla lembrou que quase 40% das mulheres optam por não ter filhos — número que, segundo ela, precisa ser mais respeitado. “É uma escolha legítima. Quero que outras mulheres tenham essa liberdade.”
Relacionamentos e identidade
Em outro momento da entrevista, a atriz — que namora o cantor Diogo Nogueira desde 2021 — refletiu sobre como muitas mulheres se apagam dentro de relacionamentos. Citando Heleninha Roitman, personagem que interpretou no remake de Vale Tudo, Paolla alertou para o risco de anulação pessoal em nome do amor. “Relacionamentos são soma, não divisão. Não faz sentido abandonar o que você ama por ninguém.”
Padrões estéticos e pressão sobre a aparência
Acostumada a ser alvo de patrulhas virtuais, a atriz também criticou os julgamentos que sofre nas redes sociais. “Agora ela emagreceu, agora envelheceu… Essa patrulha está ativa”, comentou. Para ela, aceitar as próprias imperfeições é um passo importante na busca por uma autoestima real e coerente.
Paolla ainda defendeu o uso de recursos estéticos como uma escolha individual, que não deve ser limitada por críticas externas. “Sempre fui julgada por ser gorda, por ter celulite, por ter ancas largas. Não podemos perder o controle, mas também não devemos abrir mão de algo por medo de julgamento.
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