O caso que chocou o mundo em 2016 finalmente teve um desfecho judicial. Oito pessoas foram condenadas nesta sexta-feira (23/5) por envolvimento direto no assalto cinematográfico à influenciadora e empresária Kim Kardashian, ocorrido durante a Semana de Moda de Paris. Avaliado em cerca de R$ 56 milhões, o roubo envolveu a invasão do hotel de luxo onde Kim estava hospedada, com os criminosos se passando por policiais, usando uniformes falsos e máscaras de esqui. Armados, eles renderam funcionários e amarraram a empresária no quarto, fugindo com joias valiosíssimas, incluindo um anel de noivado de US$ 4 milhões, presente de Kanye West.
Entre os condenados, estão homens com idades entre 60 e 70 anos, muitos dos quais compareceram ao tribunal em condições de saúde fragilizadas, andando com bengalas e usando sapatos ortopédicos. Apesar das condenações, nenhum dos réus retornará à prisão, já que as penas foram ajustadas ao tempo que passaram em detenção preventiva.
A investigação foi minuciosa e contou com exames de DNA encontrados no local do crime, o que levou à prisão dos suspeitos poucos meses após o assalto. No entanto, o julgamento foi adiado por anos devido a entraves jurídicos e problemas de saúde dos envolvidos. Dos dez acusados inicialmente levados a julgamento, um foi absolvido e outro condenado por porte ilegal de arma, sem ligação direta com o roubo.
Em comunicado, Kim Kardashian agradeceu às autoridades francesas e classificou o episódio como “a experiência mais aterrorizante” de sua vida, ressaltando que as cicatrizes emocionais ainda permanecem.
O caso, que ganhou repercussão mundial, volta aos holofotes com o desfecho judicial e levanta debates sobre segurança de celebridades e o funcionamento do sistema penal francês.