O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou a pessoas próximas que já sabe quem está por trás dos vazamentos recentes envolvendo sua esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja. A informação aponta que Lula optou por não divulgar nomes, mantendo o mistério sobre a identidade do suposto traidor.
Os vazamentos têm causado desconforto no Palácio do Planalto, especialmente após matérias na imprensa apontarem críticas internas à atuação de Janja. As reportagens sugerem que ela teria exercido influência em decisões importantes do governo, como na recente viagem oficial de Lula à China. A repercussão negativa teria abalado o clima entre os membros da comitiva presidencial e gerado tensão no retorno ao Brasil.
Apesar da gravidade da situação, a Presidência da República não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A decisão de Lula de manter silêncio sobre o responsável pelos vazamentos só aumenta as especulações nos bastidores do poder e alimenta teorias sobre disputas internas e possíveis traições no alto escalão do governo.
O episódio reforça a crescente exposição de Janja no cenário político e o incômodo que isso tem causado entre aliados e opositores. A primeira-dama, que já demonstrou preocupação com temas institucionais e participou ativamente de agendas internacionais, vem sendo alvo de críticas por seu protagonismo, algo incomum para o papel tradicionalmente reservado às cônjuges de presidentes no Brasil.
Enquanto Lula evita confrontos públicos e tenta conter a crise nos bastidores, o caso levanta questionamentos sobre a estabilidade interna do governo e os limites da atuação de figuras não eleitas em decisões de Estado.