Mara Farget, ex-diretora do Instituto Pinel e profissional com formação em psiquiatria e psicologia, está no centro de um escândalo que abalou a comunidade médica e os telespectadores do programa “Fantástico”, da TV Globo. Acusada de manipular emocionalmente seus próprios pacientes em momentos de fragilidade, Mara teria usado sua posição de confiança para obter vantagens financeiras.
De acordo com a reportagem exibida no último domingo (25/5), diversas vítimas relataram como a médica se aproveitava de sessões terapêuticas para compartilhar supostos problemas pessoais e pedir ajuda financeira. Uma das pacientes, que preferiu manter o anonimato, afirmou ter sido levada a fazer um empréstimo de mais de R$ 90 mil para ajudar Mara — que alegava precisar do dinheiro para o tratamento do marido. A paciente chegou a morar de favor na casa de parentes devido ao rombo financeiro.
Apesar de ter sido indiciada por estelionato e ter feito um acordo para pagar a dívida em parcelas, Mara não abandonou a prática. Outro caso ainda mais grave veio à tona: a médica teria se envolvido com a filha de uma paciente e, novamente, passou a solicitar quantias em dinheiro. O resultado foi uma dívida acumulada de R$ 800 mil. A Justiça condenou Mara em 2017, determinando o ressarcimento de R$ 900 mil à família — valor que, até hoje, não foi pago.
Mesmo com o registro médico cassado, Mara Farget continua atuando na área, o que levanta questionamentos sobre a fiscalização da prática profissional e a proteção dos pacientes em situações de vulnerabilidade.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre os limites éticos na relação entre médicos e pacientes, especialmente em áreas sensíveis como a saúde mental. As vítimas agora buscam justiça e alertam outras pessoas para que não caiam em armadilhas semelhantes.