Os bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante perfeição, viraram uma verdadeira febre no Brasil. O fenômeno ganhou força nas redes sociais, impulsionado por influenciadoras que simulam partos e criam rotinas maternas com as bonecas, gerando milhões de visualizações e debates acalorados. Com detalhes minuciosos como veias, rugas, cílios e cabelo implantado fio a fio, essas bonecas se distanciam completamente do conceito tradicional de brinquedo.
O mercado dessas obras de arte em forma de boneca está em plena ascensão. Só em Belo Horizonte, uma loja temática que simula uma maternidade chega a faturar até R$ 40 mil por mês, vendendo entre 20 e 30 bonecas. Em datas comemorativas, como Natal e Dia das Crianças, esse número pode triplicar. A artista Simone Fortuna, referência no setor, produz até 60 bonecas por mês e revela que os preços variam de R$ 2.100 a R$ 13 mil, dependendo da personalização e do nível de realismo.
Cada bebê reborn leva cerca de sete dias para ser finalizado e vem com um enxoval completo, incluindo roupas, chupeta magnética, mamadeira com leite fake, fraldas, pelúcia, escova, pente, certificado de nascimento, teste do pezinho e guia de cuidados. Apesar da aparência infantil, o público é diverso, embora a maioria das vendas ainda seja voltada para crianças.
O interesse por esses bonecos também explodiu nas buscas online. Segundo o Google Trends, termos como “quanto custa um bebê reborn” e “bebê reborn SUS” estão entre os mais pesquisados. Estados como Acre, Amapá e Sergipe lideram as buscas comerciais, enquanto Piauí, Bahia e Pará apresentam o maior volume geral de interesse.
A popularidade atingiu seu auge em dezembro e voltou a crescer com força em abril de 2025, mostrando que a febre dos bebês reborn está longe de acabar. Combinando arte, emoção e polêmica, essas bonecas continuam conquistando corações — e movimentando cifras impressionantes.