Durante visita oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu às críticas sobre os custos de suas viagens internacionais com uma declaração provocativa: “Não sei quanto estou gastando, mas sei o quanto estou levando de volta para o Brasil”. Segundo Lula, o retorno vem na forma de compromissos bilionários de investimento estrangeiro.
Em entrevista à imprensa neste sábado (7/6), Lula afirmou que 15 dos maiores investidores franceses, que já atuam no Brasil, se comprometeram a investir cerca de US$ 100 bilhões no país até 2030. O presidente ressaltou que não acompanha os gastos logísticos de suas viagens, mas que seu foco está nos resultados econômicos que elas proporcionam.
A fala ocorre em meio a críticas recorrentes da oposição e da opinião pública sobre os custos com viagens presidenciais — um tema sensível que também afetou governos anteriores, como o de Jair Bolsonaro. Lula ainda defendeu o papel estratégico dessas agendas internacionais, citando também as visitas à China e ao Japão como exemplos de ações que atraem capital estrangeiro e fortalecem a economia nacional.
O presidente reforçou seu objetivo de elevar o Brasil à sexta maior economia do mundo, destacando que o país já chegou à oitava posição durante seus mandatos anteriores. Ele aproveitou para alfinetar gestões passadas, dizendo que o Brasil “vai para a 12ª economia do mundo” quando não está sob seu comando.
Além das promessas de investimento, a viagem à França foi marcada por encontros com líderes europeus, como Emmanuel Macron, e momentos simbólicos, como a entrega de uma camisa do PSG ao presidente brasileiro. Apesar das pesquisas indicarem um cenário político desafiador, Lula declarou estar “feliz da vida” com os resultados de sua agenda internacional.
A presença da primeira-dama, Janja da Silva, também foi alvo de críticas, mas Lula defendeu sua participação, afirmando que ela desempenha um papel ativo nas relações internacionais do Brasil.