Uma reviravolta surpreendente no caso Madeleine McCann veio à tona com a divulgação de uma nova teoria investigativa. Segundo o jornal português Correio da Manhã, autoridades alemãs teriam ignorado, em 2018, uma denúncia que apontava um casal — ele britânico, já falecido, e ela alemã — como possíveis responsáveis pelo desaparecimento da menina, ocorrido em 2007 no sul de Portugal.
A denúncia partiu da irmã do britânico, que suspeitava que o irmão escondia um segredo sombrio sobre o caso. Ela alertou a polícia britânica, e a Polícia Judiciária portuguesa chegou a propor uma operação disfarçada para se aproximar da mulher e tentar obter uma confissão. No entanto, promotores alemães recusaram-se a autorizar a ação, decidindo manter o foco apenas em Christian Brueckner, pedófilo condenado e principal suspeito até o momento.
Outros indícios reforçam a teoria ignorada: uma vizinha do casal relatou ter ouvido uma briga intensa na manhã seguinte ao desaparecimento, com o homem gritando “Por que você a trouxe?”. Além disso, testemunhas afirmaram ter visto uma mulher com uma criança em um carro semelhante ao do casal. O casal era conhecido por problemas com álcool e frequentava bares próximos ao Ocean Club, último local onde Madeleine foi vista. A suspeita é que, após atropelarem a menina enquanto dirigiam embriagados, os dois teriam ocultado o corpo no mar.
Apesar da gravidade das denúncias e da coincidência de datas e locais, a teoria nunca foi formalmente investigada pelas autoridades alemãs, que inclusive teriam repreendido os portugueses por insistirem no assunto.
Enquanto isso, Christian Brueckner segue como principal alvo das investigações. Preso por estupro, ele ainda não foi formalmente acusado pelo desaparecimento de Madeleine. Recentemente, uma nova operação de busca foi realizada em Atalaia, perto da antiga casa de Brueckner, mas nenhuma prova relevante foi encontrada.
O caso, que há mais de 15 anos intriga o mundo, ganha agora um novo e perturbador capítulo, reacendendo dúvidas sobre a condução das investigações e as possibilidades até hoje negligenciadas.