A deputada federal Erika Hilton (PSOL) está no centro de uma polêmica que ganhou repercussão nacional após uma suposta ofensa transfóbica em uma rede social. Em fevereiro, uma conta no X (antigo Twitter), atribuída ao narrador esportivo Sérgio Maurício — conhecido por suas transmissões de Fórmula 1 na Band — publicou uma mensagem chamando a parlamentar de “uma verdadeira fake news humana essa coisa”. A frase foi considerada transfóbica por Erika, que decidiu acionar a Justiça.
O caso ganhou força com o envolvimento do Ministério Público Federal, que solicitou a abertura de inquérito. A investigação está sob responsabilidade da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo e é conduzida pela Polícia Federal. O objetivo é verificar se a conta realmente pertence a Sérgio Maurício e se houve crime na publicação.
Sérgio Maurício negou ser o autor da postagem e afirmou que o perfil é falso. Após a repercussão, a conta foi excluída. Mesmo assim, a Band decidiu afastá-lo temporariamente das transmissões esportivas, o que incluiu sua ausência nos treinos de pré-temporada da Fórmula 1 a partir de 26 de fevereiro.
Em 2 de março, o narrador divulgou uma nota pública pedindo desculpas a Erika Hilton, apesar de manter sua negativa quanto à autoria do comentário. Na mensagem, ele lamentou o episódio e declarou respeito à deputada, aos seus eleitores e a todas as pessoas que se sentiram ofendidas.
Sérgio Maurício retornou ao trabalho no dia 16 de março, na estreia da temporada 2025 da Fórmula 1 com o Grande Prêmio da Austrália, e segue normalmente em sua função desde então.
Enquanto isso, a investigação continua. A PF busca esclarecer a origem da publicação e se houve crime de transfobia, o que pode ter desdobramentos judiciais para o narrador e para a emissora.