Após viver mais de dois mil dias em um abrigo na Flórida (EUA) e ser rejeitado diversas vezes por comportamento agressivo, o cão Stone ganhou uma nova chance ao ser adotado pelo treinador Morgan Vanderwoude, que mudou completamente sua história.
Stone era conhecido por voluntários e funcionários do abrigo como um cachorro “rebelde, neurótico e impossível de treinar”. Com histórico de tentativas frustradas de socialização, o animal quebrou dois postes de metal, mastigou focinheiras, correias e chegou a perder dentes de tanto resistir aos comandos. A dificuldade em lidar com o animal o colocou em uma lista informal de cães “inadotáveis”.
Diante desse cenário, Morgan, treinador de cães com anos de experiência em reabilitação de animais agressivos, decidiu intervir. “Trabalhávamos com Stone todos os dias, várias vezes ao dia. Ele estava tão determinado a morder as coleiras e a nós que quebrou dois postes de metal, um cabo de pá de madeira, mastigou quatro ou cinco coleiras e uma focinheira”, relatou à revista Newsweek.
Com um cronograma diário de treinos e atividades, o treinador começou a trabalhar com Stone em casa. A transformação, no entanto, não foi imediata. Durante os primeiros meses, o cão resistiu fortemente ao treinamento e chegou a vomitar de tanto esforço. Foram sete meses de reeducação com base em disciplina, repetição e cuidado.
Stone ainda foi diagnosticado com um tumor maligno durante o processo, o que exigiu ainda mais atenção e paciência por parte de Morgan. “Levei pouco mais de um mês trabalhando com ele todos os dias, várias vezes ao dia, até finalmente conseguir que ele chegasse a um ponto em que eu me sentisse confortável o suficiente para se cuidar sozinho”, contou o treinador.
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O resultado surpreendeu até o próprio responsável. “Stone acabou se revelando um dos cães mais dóceis que criei. Ele adora dar abraços e beijos nas pessoas e se encosta nelas para ser acariciado. É amigável com todos que conhece”, afirmou Morgan.
Segundo um estudo publicado na revista Animals, cães mais velhos e de longa permanência em abrigos tendem a desenvolver comportamentos mais agressivos por conta do isolamento e falta de estímulo. Para Morgan, no entanto, a história de Stone reforça que ninguém, nem mesmo os animais, deve ser rotulado para sempre. “Todos merecem uma segunda chance”, concluiu.
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