A atriz Claudia Ohana, de 62 anos, voltou aos holofotes ao relembrar, com bom humor e sinceridade, a polêmica capa da Playboy que estrelou em 1985. Durante sua participação no podcast Surubaum, comandado por Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, Ohana comentou os bastidores do ensaio nu que marcou sua carreira — e a memória de uma geração. Entre risos, ironizou os exageros dos comentários da época sobre seus pelos pubianos: “Fizeram Photoshop e botaram uma coisa muito cabeluda lá. Não era aquilo tudo!”.
Ela também compartilhou uma lembrança curiosa: o então marido, o cineasta Rui Guerra, sugeriu que ela raspasse os pelos dos braços antes do ensaio, chegando a fazer isso por ela. No entanto, a região íntima permaneceu natural — algo que gerou grande repercussão na época e se tornou um símbolo de autenticidade.
Além do ensaio, Claudia refletiu sobre o etarismo e o impacto do tempo na imagem de mulheres que foram símbolos sexuais. “Devemos lutar contra o etarismo. As mulheres hoje estão maravilhosas, felizes e querem espaço na sociedade — trabalhando, fazendo sexo…”, afirmou. Ela revelou que, mesmo sem buscar, sempre foi associada à sensualidade, o que a incomodava: “Querem que você seja só isso, e eu queria ser uma grande atriz, respeitada”.
Sobre sua vida amorosa atual, Claudia revelou estar vivendo uma “amizade colorida” e brincou com seu signo: “Sou aquariana, gosto disso”. A atriz também abriu o coração ao falar sobre sua primeira experiência sexual, descrevendo uma juventude marcada pela timidez e repressão. “Eu era muito virgem, pudica. Tinha medo de sexo. Depois virei megalouca. Era Maria Cláudia e virei Cláudia Ohana”, disse emocionada, lembrando que o sexo entrou em sua vida como uma forma de preencher a solidão após a morte da mãe.
A entrevista revelou uma Claudia Ohana autêntica, sem filtros, disposta a revisitar seu passado com coragem e a desafiar os tabus que ainda cercam a sexualidade feminina e o envelhecimento.
