O mundo assiste apreensivo a uma nova escalada militar no Oriente Médio. Neste sábado (21/6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um ataque aéreo contra três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan — em meio à crescente tensão entre Irã e Israel. A ação foi divulgada diretamente por Trump em sua rede social Truth Social, onde afirmou que todos os aviões retornaram em segurança e celebrou o que chamou de “ataque bem-sucedido”.
O ataque atinge pontos sensíveis do programa nuclear iraniano. Fordow, por exemplo, é uma instalação subterrânea com capacidade para operar até 3 mil centrífugas de enriquecimento de urânio, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A ofensiva americana ocorre após semanas de hostilidades entre Irã e Israel, que acusa Teerã de estar prestes a desenvolver armas nucleares. O Irã, por sua vez, insiste que seu programa tem fins pacíficos.
A resposta internacional veio com preocupação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, usou as redes sociais para fazer um apelo urgente pela paz. “Não há solução militar. O único caminho é a diplomacia. A única esperança é a paz”, escreveu. Ele alertou para o risco de uma escalada fora de controle com consequências catastróficas para civis, a região e o mundo.
Enquanto isso, o Irã busca apoio diplomático na Europa. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, reuniu-se com representantes do Reino Unido, França e Alemanha em Genebra, tentando encontrar uma saída pacífica para o impasse. Vale lembrar que, em 2013, foi na mesma cidade que se firmou o primeiro acordo nuclear entre o Irã e potências ocidentais — acordo do qual os EUA se retiraram durante o primeiro mandato de Trump.
Com os ânimos cada vez mais acirrados e a diplomacia sendo testada ao limite, o mundo observa com temor o desenrolar de um conflito que pode ter repercussões globais. A pergunta que fica: até onde essa guerra pode ir?
