Luka Kriszanac, que perdeu as mãos e as pernas aos 12 anos após um quadro grave de sepse, voltou a ter movimentos nos braços graças a um transplante duplo realizado em 2024, nos Estados Unidos. O procedimento, feito na Universidade da Pensilvânia, devolveu ao paciente a possibilidade de apertar mãos, digitar no celular e realizar tarefas cotidianas com autonomia.
Natural da Suíça, Luka contraiu uma infecção que se espalhou rapidamente e levou à amputação dos quatro membros em 2007. Desde então, utilizava próteses para se locomover e interagir com o ambiente. Em 2018, ao conhecer o programa de transplantes de mão da universidade onde havia estudado Medicina, passou a ser acompanhado por uma equipe especializada.
“Recuperar as mãos depois de 17 anos, não acho que exista um sonho maior do que esse”, disse Luka, em entrevista ao Penn Today.
A cirurgia foi liderada pelos médicos L. Scott Levin e Benjamin Chang, e durou cerca de 10 horas. Segundo Levin, a complexidade do caso exigiu precisão e integração entre as equipes envolvidas. “Você realiza 1.001 atividades todos os dias com as mãos. Próteses não conseguem simular isso”, explicou o cirurgião.
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A espera por um doador compatível se estendeu por anos e foi agravada pela pandemia. Em 2024, o programa Gift of Life encontrou um doador com compatibilidade sanguínea, genética, cor de pele, idade e estrutura óssea compatíveis com as de Luka. A cirurgia foi realizada com as duas equipes, do paciente e do doador, atuando simultaneamente na mesma sala.
Desde o procedimento, Luka tem passado por um processo intensivo de reabilitação, com avanços significativos. Cada novo movimento representa uma conquista e, segundo ele, uma transformação pessoal e familiar.
“[O doador] mudou não apenas a minha vida, mas a vida da minha família para sempre”, declarou Luka.
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