O soldado brasileiro Raphael Paixão, de 26 anos, natural de Imperatriz (MA), teve parte da perna esquerda amputada após pisar em uma mina-borboleta durante uma missão na guerra entre Ucrânia e Rússia. Atuando como voluntário no conflito, Raphael ficou desaparecido desde o dia 11 de junho, o que gerou boatos sobre sua morte. No entanto, no dia 2 de julho, ele conseguiu entrar em contato com a família diretamente do hospital onde está internado, confirmando que sobreviveu ao acidente.
De acordo com a mãe do soldado, Neila Paixão, o estado de saúde dele é estável, apesar da gravidade do ferimento e da cirurgia delicada. Raphael perdeu a perna esquerda do joelho para baixo, mas a expectativa é que ele retorne ao Brasil após o período de recuperação.
A irmã do militar, Karol Paixão, revelou que, após o acidente, Raphael conseguiu se arrastar por cerca de 9 km com a ajuda de um companheiro até chegar ao hospital, demonstrando extrema força e resistência. O local exato onde ocorreu a explosão ainda não foi divulgado.
A mina-borboleta, responsável pelo ferimento, é um tipo de armamento explosivo de pequeno porte e difícil visualização, amplamente utilizado em zonas de guerra e considerado especialmente perigoso para civis e soldados em campo.
O caso de Raphael destaca os riscos enfrentados por voluntários estrangeiros que se juntam ao conflito na Ucrânia, motivados por ideais ou solidariedade, e reacende o debate sobre a participação de brasileiros em guerras internacionais.