O ator Raul Gazolla fez declarações contundentes em entrevista à revista Veja ao comentar a morte de Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de sua ex-esposa, a atriz Daniella Perez, em 1992. Pádua faleceu em 2022, vítima de um infarto fulminante. Gazolla revelou que sentiu alívio com a notícia e afirmou que o criminoso “nem deveria ter nascido”. Segundo ele, o falecimento trouxe uma sensação de justiça tardia tanto para ele quanto para Glória Perez, mãe de Daniella, que só agora teria conseguido sorrir após 32 anos do crime.
O ator também relembrou o impacto devastador do assassinato na família de Daniella, especialmente no pai da atriz, que não resistiu à dor e morreu de tristeza. Raul aproveitou a entrevista para criticar o sistema prisional brasileiro, defendendo penas mais severas, como prisão perpétua e até pena de morte para assassinos. Para ele, criminosos como Pádua não deveriam conviver em sociedade nem frequentar os mesmos espaços que pessoas comuns, pois representam riscos e permanecem impunes aos olhos da população.
Gazolla foi enfático ao dizer que não tem a capacidade espiritual de perdoar o assassino de sua esposa. “Quem perdoa é Deus, não sou Deus”, declarou. Ele criticou a possibilidade de pessoas condenadas por crimes bárbaros voltarem à vida em sociedade, muitas vezes sem serem reconhecidas pelo público, o que, segundo ele, representa uma ameaça à segurança coletiva.
As declarações de Raul Gazolla reacendem o debate sobre justiça, punição e o impacto emocional duradouro de crimes violentos nas famílias das vítimas. O caso de Daniella Perez, que chocou o país nos anos 1990, continua sendo um marco na luta por mudanças no sistema penal e por maior empatia com os que sofrem perdas irreparáveis.