
Um vídeo gravado por uma gestante há pouco mais de duas semanas tem causado comoção e revolta nas redes sociais. Nas imagens, Jéssica Araújo, grávida de 29 semanas, aparece chorando intensamente após receber, de forma equivocada, um laudo de óbito fetal emitido por uma maternidade em Manaus, logo após a realização de um ultrassom.
A esteticista relatou que procurou atendimento médico devido a fortes dores na região pélvica. Após o exame, foi informada de que o bebê não apresentava mais batimentos cardíacos. Mesmo assim, Jéssica insistia que ainda sentia o filho se mexer. “A doutora disse que era apenas gases e já me encaminhou para induzir o parto”, relatou. Somente ao buscar uma segunda opinião em outra unidade de saúde é que ela descobriu que o bebê, na verdade, estava vivo.
O procedimento de indução do parto só não foi realizado naquela mesma noite porque a maternidade estava lotada. Diante da situação, Jéssica Araújo pediu autorização para procurar outro hospital. “Chegando lá, refizeram todos os exames — e isso salvou a vida do meu bebê”, afirmou.
Atualmente com 32 semanas de gestação, ela relata que tem enfrentado noites difíceis, com insônia e medo constante de que algo aconteça. “Meu bebê está saudável, crescendo, se mexe bastante. Não há nada de errado com ele. As sequelas foram apenas psicológicas. Quando ele demora a se mexer, entro em pânico. Os dias têm sido muito duros”, desabafa.
No vídeo que viralizou nas redes, Jéssica registra o momento em que volta à primeira maternidade para buscar sua carteira de gestante e confrontar os profissionais. Abalada, é possível ouvi-la dizendo entre lágrimas: “Vocês iam matar o meu bebê se tivesse leito. Foram imprudentes. Eu disse que sentia ele mexer e ninguém acreditou em mim. Iam matar meu filho por indução.”