O reality show “Terceira Metade”, apresentado por Deborah Secco, alcançou o topo do ranking do Globoplay ao abordar, de forma inédita e provocadora, os relacionamentos não-monogâmicos. A atração convida solteiros a se integrarem a casais já formados, formando assim “trisais”. A proposta gerou debate e também surpreendeu a própria apresentadora, que compartilhou reflexões sobre a monogamia e defendeu que ela só é válida quando é uma escolha consciente, e não uma imposição social.
Especialistas em sexo e relacionamento ouvidos pelo portal LeoDias explicam que há dois principais modelos de relações poliamorosas: um em que os parceiros têm liberdade para se relacionar com outras pessoas de forma independente, e outro em que todos os envolvidos se conhecem, convivem e constroem vínculos afetivos entre si. Em ambos os casos, o consenso é que comunicação, clareza e consentimento são essenciais para que a relação funcione de forma saudável.
A psicóloga Andressa Taketa destaca que, mesmo com acordos estabelecidos, o ciúmes e os conflitos continuam presentes, exigindo diálogo constante. Já o psicanalista Artur Costa alerta que a abertura da relação não é uma solução mágica para evitar traições ou inseguranças — é necessário que todos os envolvidos estejam emocionalmente preparados para esse tipo de dinâmica.
O reality também conta com a participação da psicanalista Regina Navarro Lins, que contribui com reflexões sobre o amor e os novos formatos de relacionamento. A segunda fase do programa estreia em 25 de julho, com os casais e seus novos integrantes vivendo juntos no “Condomínio do Amor”. A final será exibida em 1º de agosto, quando os participantes decidirão se permanecerão como trisais, voltarão à monogamia ou se encerrarão a relação.
“Terceira Metade” se destaca por trazer à tona discussões contemporâneas sobre afeto, liberdade e os limites das relações tradicionais, propondo um olhar mais aberto e plural sobre o amor.