A cantora Preta Gil faleceu aos 50 anos neste domingo (20/7), em Nova York, após uma batalha de dois anos contra um câncer colorretal. Conhecida por sua autenticidade e abertura, Preta usou sua visibilidade para alertar o público sobre os sintomas da doença e a importância do diagnóstico precoce.
Durante sua luta contra o câncer, a artista compartilhou detalhes dos sintomas que enfrentou, muitos dos quais foram inicialmente ignorados. Em depoimento ao programa “Mais Você”, ela relatou episódios de prisão de ventre severa, fezes com sangue e muco, além de dores de cabeça e picos de pressão alta. Inicialmente, esses sinais foram interpretados como problemas neurológicos, atrasando o diagnóstico correto.
O câncer colorretal é um dos tipos mais comuns no Brasil, sendo o segundo mais frequente entre mulheres e o terceiro entre homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O médico cirurgião Marcel Autran Machado alerta que a doença pode ser silenciosa nos estágios iniciais, o que reforça a necessidade de exames preventivos regulares.
Entre os principais sintomas que devem ser observados estão: sangue nas fezes, alterações no ritmo intestinal (como diarreia ou constipação), dor abdominal, perda de peso sem explicação e sensação de evacuação incompleta. O formato das fezes, quando muito fino ou achatado, também pode ser um indicativo.
Especialistas apontam ainda um aumento de casos entre pessoas mais jovens, o que reforça a recomendação de iniciar os exames preventivos, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos. Esse exame permite a visualização do interior do intestino grosso e pode detectar alterações precoces.
A morte de Preta Gil gerou comoção nacional. Amigos e familiares, como Jude Paulla e Fernanda Torres, prestaram homenagens nas redes sociais. Sua partida deixa um legado de coragem, conscientização e luta pela saúde pública.