O governo dos Estados Unidos anunciou, na última segunda-feira (28/7), uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que resultem na prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. A medida foi divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA por meio da agência antidrogas DEA (Drug Enforcement Administration), que publicou nas redes sociais um cartaz com a imagem de Maduro e o valor da recompensa, associando-o a crimes relacionados ao narcotráfico.
As acusações contra Maduro incluem conspiração para narcoterrorismo, tráfico internacional de cocaína e uso de armas de destruição em massa. Além dele, também são procurados Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa. Segundo as autoridades americanas, os três são figuras centrais em uma organização criminosa que opera nos altos escalões do governo venezuelano.
Essa organização é identificada como o “Cartel de Los Soles”, recentemente classificado pelos EUA como grupo terrorista internacional. De acordo com o Departamento do Tesouro americano, o cartel é liderado por Maduro e seus aliados e atua a partir da Venezuela. A estrutura criminosa estaria envolvida no apoio logístico a outras organizações como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, ambas consideradas ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos.
A ação dos EUA representa uma escalada na pressão internacional contra o regime de Nicolás Maduro, que já enfrenta sanções econômicas e críticas por violações de direitos humanos e manipulação eleitoral. A recompensa milionária reforça o posicionamento do governo americano de que o presidente venezuelano não é apenas um líder autoritário, mas também um agente ativo em redes criminosas transnacionais.