
No dia 30 de julho de 2025, um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu o Extremo Oriente russo, gerando alertas de tsunami em diversos países ao redor do Oceano Pacífico. O evento, que provocou ondas superiores a 1,5 metro no Havaí, chamou atenção não apenas por sua força, mas por coincidir com uma previsão feita décadas atrás por Ryo Tatsuki, uma artista japonesa de mangá.
Tatsuki, hoje com 70 anos, publicou em 1999 o mangá “O Futuro que Eu Vi”, baseado em sonhos que registrava desde 1985. Em uma das passagens, ela descrevia um tsunami devastador originado entre o Japão e as Filipinas, com ondas três vezes maiores que as do desastre de Tohoku, em 2011. A previsão apontava especificamente para o dia 5 de julho de 2025.
Embora a data não tenha sido exata, a proximidade do terremoto real com a visão descrita no mangá reacendeu o interesse público e viralizou nas redes sociais. Usuários expressaram espanto com a “profecia”, chamando Tatsuki de “nova Baba Vanga”, em referência à mística búlgara conhecida por previsões enigmáticas.
A atenção gerada pela previsão teve impactos reais: dados indicam que as reservas de voos para o Japão caíram drasticamente nas semanas anteriores ao evento. Autoridades japonesas, como o governador da província de Miyagi, tentaram conter os boatos, pedindo que o turismo não fosse afetado por “rumores não científicos”.
Apesar da comoção, Tatsuki tentou se distanciar da fama de vidente. Em entrevista, afirmou que o mangá foi publicado sob pressão editorial e que mal se lembra da previsão específica. Ainda assim, o episódio reacendeu o debate sobre previsões, coincidências e o fascínio com fenômenos inexplicáveis.
Especialistas alertam que previsões vagas, especialmente sobre desastres naturais em regiões propensas, têm chance real de eventualmente se cumprirem por acaso. Sem base científica, os sonhos de Tatsuki permanecem no campo da especulação, embora tenham capturado a imaginação de milhares ao redor do mundo.