Em uma história inusitada que desafia as leis da decomposição, os australianos Eduard Nitz e Cacey Dean guardam desde 1995 um hambúrguer do McDonald’s que, surpreendentemente, permanece visualmente intacto após 29 anos. A jornada do chamado “Senior Burger” começou quando, ainda adolescentes, receberam o sanduíche de um amigo que prometeu voltar para buscá-lo — o que nunca aconteceu.
Desde então, o hambúrguer, um Quarter Pounder, foi cuidadosamente armazenado em uma caixa especial e passou por diversas mãos da família, sem jamais apresentar sinais de mofo ou decomposição. Embora o pão tenha endurecido e perdido a maciez, e os ingredientes estejam petrificados, o lanche mantém sua forma original. A dupla garante que não utilizou nenhum método de conservação — o segredo, segundo especialistas, está no alto teor de sal, que inibe a proliferação de fungos e bactérias.
A fama do “Senior Burger” explodiu há cerca de uma década, quando completou 20 anos. A página criada no Facebook com o título “Este hambúrguer de 20 anos pode ganhar mais curtidas que Kanye West?” viralizou, levando os amigos a participarem de programas de TV e ganharem fãs ao redor do mundo. A repercussão foi tanta que o hambúrguer virou tema de arte, música — já há uma canção no Spotify — e até um projeto de Inteligência Artificial. Com a ajuda de um vizinho programador, eles estão desenvolvendo um chatbot com a “personalidade” do hambúrguer, que poderá interagir com fãs como um terapeuta virtual.
A história também gerou discussões nas redes sociais, especialmente no Reddit, onde usuários expressam fascínio e preocupação com a durabilidade extrema do alimento. Apesar das críticas sobre a composição dos produtos de fast-food, especialistas como o nutricionista Tim Crowe explicam que não há nada de misterioso: o sal age como conservante natural, limitando a atividade da água e impedindo a ação de microrganismos.
Mais do que uma curiosidade, o “Senior Burger” virou símbolo de uma promessa adolescente levada a sério e de como algo trivial pode se transformar em fenômeno cultural global.
