
Um caso compartilhado no Reddit por uma jovem de 18 anos gerou intensa repercussão nas redes sociais ao expor como a obsessão por um brinquedo colecionável, o Labubu, foi o estopim para o rompimento definitivo com seus pais adotivos.
Segundo o relato, a jovem foi adotada ainda bebê por um casal que, anos depois, teve uma filha biológica, apelidada de “Princesa”. Desde então, ela afirma ter sido colocada em segundo plano, enquanto a irmã recebia tratamento preferencial, sendo mimada e sempre atendida em seus desejos.
A situação se agravou no dia da formatura do ensino médio da jovem. Enquanto ela celebrava esse marco importante, os pais decidiram faltar à maior parte da cerimônia para comprar pessoalmente um Labubu considerado extremamente raro para a filha mais nova. O brinquedo custou cerca de R$ 1.750, mais do que o dobro do valor do presente de formatura da jovem, que foi de aproximadamente R$ 750.
Profundamente magoada, a jovem optou por cortar totalmente os laços com os pais, indo morar com o namorado. Ela relatou que os pais tentaram se desculpar, inclusive oferecendo mais dinheiro, mas a tentativa foi interpretada como uma tentativa de compensar financeiramente a ausência emocional e simbólica.
O episódio levantou debates sobre prioridades familiares e os limites do consumismo. A febre dos Labubus — bonecos de pelúcia com aparência peculiar lançados em parceria com a empresa chinesa Pop Mart — tem crescido exponencialmente, com milhões de buscas no Google e valores altos no mercado de colecionadores. No entanto, o caso expõe um dilema: até que ponto o valor material pode se sobrepor a momentos significativos e afetivos?