O Kremlin confirmou que Vladimir Putin e Donald Trump estão prestes a se encontrar nos próximos dias, com a reunião podendo ocorrer já na próxima semana. A informação foi divulgada por Yuri Ushakov, assessor de política externa do governo russo. O local do encontro já está definido, mas ainda não foi tornado público.
A reunião acontece em um momento crítico, com os Estados Unidos pressionando por um cessar-fogo na Ucrânia, onde a guerra já se arrasta há quatro anos. A iniciativa de Trump é vista como uma tentativa de intermediar um acordo de paz, embora não haja garantias de que os combates cessarão.
A possibilidade do encontro ganhou força após Steve Witkoff, enviado especial de Trump e empresário americano, ter se reunido com Putin no Kremlin por quase três horas. Durante a conversa, Witkoff sugeriu que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky participasse de uma reunião trilateral com os líderes da Rússia e dos EUA. No entanto, o Kremlin não se manifestou sobre essa proposta.
Yuri Ushakov reforçou que, neste momento, o foco do governo russo está na reunião bilateral com Trump. “Consideramos mais importante que esse encontro seja bem-sucedido e produtivo”, afirmou o assessor.
O anúncio da reunião ocorre em um contexto de forte pressão diplomática. Trump impôs um prazo final para que a Rússia aceite um cessar-fogo incondicional de 30 dias. Caso contrário, ele ameaça impor sanções econômicas severas, que podem atingir inclusive países que compram petróleo russo, como Índia, China e Brasil.
A expectativa é que o encontro entre os dois líderes possa abrir espaço para negociações mais amplas sobre o conflito na Ucrânia e reduzir as tensões internacionais. No entanto, o sucesso da iniciativa ainda é incerto, diante das posições divergentes entre Moscou e Washington e da complexidade do cenário geopolítico atual.