As gêmeas Yasmin Vitória e Eliza Vitória receberam alta médica neste fim de semana, três meses após a cirurgia de separação realizada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia (GO). Elas ficaram 107 dias internadas e deixaram a unidade sob aplausos da equipe, que também cantou parabéns pelo quarto mês de vida das meninas.
Elizandra Henrique da Costa, mãe das gêmeas, deixou o povoado de Ererê, em Monte Alegre (PA), ainda grávida, para buscar tratamento especializado. Ela viajou mais de 670 quilômetros pela floresta amazônica até Manaus (AM), onde foi atendida na maternidade Ana Braga, referência em partos de alto risco pelo SUS. Exames revelaram que as bebês eram unidas pelo tórax e abdome.
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No dia 9 de abril de 2025, Eliza e Yasmin nasceram por meio de uma cesariana inédita na unidade. Quinze dias depois, foram transferidas em uma UTI aérea para Goiânia, onde seriam separadas. A cirurgia, realizada em 13 de maio, durou seis horas, envolveu 20 profissionais e foi antecipada após Eliza apresentar complicações respiratórias e urinárias.
As irmãs compartilhavam o fígado, o pericárdio e parte da cavidade cardíaca. A separação exigiu a divisão de órgãos e ossos do tórax. “Nunca perdi a fé de que elas iam sair com vida do centro cirúrgico e bem recuperadas”, disse Elizandra.
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Eliza se recuperou rapidamente, mas Yasmin enfrentou problemas cardíacos e precisará de cuidados e medicação contínuos. Durante dois meses, as bebês permaneceram na UTI, acompanhadas pela mãe e pela avó, que se revezavam ao lado dos leitos.
Ao chegarem a Manaus, foram recebidas pelo pai, Marcos Oliveira, que ainda não havia visto as filhas desde a cirurgia. O encontro aconteceu no Dia dos Pais. “Melhor presente que um pai pode ter numa data dessas. É muita felicidade!”, afirmou.
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