Wylie Dixon, um australiano de 39 anos, levava uma vida ativa e saudável, caminhando até 20 mil passos por dia e sem histórico médico preocupante. No entanto, por meses ele enfrentou uma fadiga intensa e persistente, que os médicos consideraram um sintoma vago e sem gravidade. O quadro mudou drasticamente quando Dixon começou a sentir dores abdominais, inchaço, alterações intestinais e perda de apetite, o que o levou ao pronto-socorro em Cairns. Lá, recebeu o devastador diagnóstico de câncer de apêndice em estágio 4.
O câncer de apêndice é extremamente raro, com cerca de 3.000 casos por ano nos EUA. No caso de Wylie, a doença já havia se espalhado quando foi identificada. Ele e sua esposa, Ked, precisaram abandonar seus empregos e se mudar para Sydney, onde está localizado o centro de tratamento especializado. A mudança trouxe desafios financeiros, e uma campanha no GoFundMe foi criada para arrecadar fundos. Até agora, mais de 21 mil dólares australianos foram doados.
Especialistas, como a professora Andreana Holowatyj da Universidade Vanderbilt, alertam para o aumento de casos desse tipo de câncer em pessoas com menos de 50 anos. Um em cada três pacientes diagnosticados tem menos de 50 anos, o que reforça a necessidade de maior conscientização sobre os sinais da doença.
Os sintomas do câncer de apêndice, como fadiga extrema, dor abdominal e alterações intestinais, são muitas vezes vagos e intermitentes, dificultando o diagnóstico precoce. No caso de Wylie, o intervalo entre os primeiros sinais e o diagnóstico final foi de dois anos.
A história de Wylie serve como alerta para que sintomas persistentes, mesmo que pareçam leves, não sejam ignorados. A detecção precoce pode ser crucial para o tratamento e a sobrevivência em casos de cânceres raros como o de apêndice.