Durante o desfile militar realizado em Pequim no dia 3 de setembro, em comemoração aos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, uma conversa inusitada entre o presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jinping foi captada por um microfone aberto. O evento, que também contou com a presença do líder norte-coreano Kim Jong-Un, foi marcado por gestos simbólicos e discursos formais, mas o que chamou a atenção foi o conteúdo do diálogo informal entre os dois chefes de Estado.
Segundo agências internacionais como Reuters e Associated Press, Putin comentou sobre os avanços da biotecnologia, afirmando que os transplantes de órgãos se tornarão cada vez mais comuns, permitindo uma juventude prolongada e até a possibilidade de alcançar a imortalidade. Xi Jinping respondeu que, neste século, estima-se que os seres humanos possam viver até os 150 anos. A breve troca de ideias trouxe à tona um tema inesperado em um contexto militar: a busca pela longevidade extrema.
Especialistas apontam que esse tipo de interesse não é incomum entre líderes autoritários. Feng Chongyi, professor da Universidade de Tecnologia de Sydney, lembrou que ao longo da história muitos ditadores buscaram a imortalidade, e que essa tradição é ainda mais forte na cultura chinesa.
Além da conversa sobre biotecnologia, Putin também se pronunciou sobre especulações de um possível conflito envolvendo a Europa. Em coletiva com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, o presidente russo classificou os rumores como “absurdos” e afirmou que a Rússia não tem, nunca teve e não terá intenção de atacar qualquer país. Segundo ele, as reações da União Europeia são baseadas em “histórias de terror” e representam uma “histeria” infundada.
O evento em Pequim se destacou não apenas pela presença dos três líderes, mas também pela combinação de temas como poder militar, relações diplomáticas e especulações sobre o futuro da humanidade, tornando-se um dos momentos mais comentados do ano no cenário internacional.