Em meio ao aumento das tensões geopolíticas globais, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, respondeu diretamente às alegações de que Moscou estaria preparando um ataque contra a Europa. Durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, Putin classificou os rumores como “completo absurdo” e garantiu que a Rússia “nunca teve, não tem e não terá o desejo de atacar alguém”.
A declaração ocorre em um momento de crescente instabilidade mundial, com a continuidade da guerra na Ucrânia e a escalada de conflitos no Oriente Médio, especialmente entre Irã e Israel. A recente visita de Putin a Pequim, onde foi calorosamente recebido por Xi Jinping, evidenciou o fortalecimento da aliança entre Rússia e China, o que tem gerado preocupação em países europeus.
Na França, o governo orientou hospitais a se prepararem para uma possível mobilização militar a partir de março de 2026, enquanto na Alemanha, o chefe de Defesa, Carsten Breuer, alertou para os exercícios militares russos em Belarus, embora tenha dito não acreditar em um ataque direto à OTAN.
Robert Fico apoiou a posição de Putin, alegando que os boatos sobre um ataque russo são fruto de “provocação ou incompetência” e apenas aumentam a tensão entre a União Europeia e Moscou.
Putin também comentou sobre a possível adesão da Ucrânia à União Europeia, afirmando que Moscou nunca se opôs à ideia, mas ressaltou que a entrada do país na OTAN é uma questão distinta e sensível.
Enquanto isso, as relações entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguem distantes. Apesar de um recente encontro entre os dois líderes, divergências persistem. Trump teria protagonizado discussões acaloradas com Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o que levou os EUA a posicionarem submarinos nucleares na região.
O clima internacional permanece tenso, com líderes europeus divididos entre reforçar medidas de segurança e buscar formas de evitar uma nova escalada militar.