A cidade de São Paulo registrou 35.385 roubos de celular entre janeiro e julho de 2025, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) obtidos pela TV Globo. O número equivale a uma média de 168 ocorrências por dia, um aparelho levado a cada 9 minutos.
Na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 40.821 casos, houve uma queda de 13,3%. Apesar da redução, especialistas apontam que os números seguem elevados e não refletem a realidade, já que muitas vítimas deixam de registrar boletim de ocorrência.
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A maior parte dos roubos foi registrada no período da noite, que concentrou 15.441 ocorrências. Em seguida aparecem os crimes cometidos à tarde (7.006), na madrugada (6.734) e pela manhã (6.151). Outros 53 casos não tiveram horário registrado.
Segundo Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum de Segurança Pública, a subnotificação ainda é um dos principais obstáculos para compreender a dimensão do problema.
“A queda de 13%, num cenário tão grande, não quer dizer muita coisa, mesmo porque a subnotificação é muito alta. As pessoas que tendem a fazer o boletim de ocorrência são aquelas que têm seguro. A grande maioria não faz”, afirmou.
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Além do valor dos aparelhos, o roubo de celulares também está associado às informações armazenadas neles. Dados pessoais e bancários transformam os dispositivos em um alvo ainda mais valioso para os criminosos.
“O patrulhamento tem que ser feito de forma mais inteligente e precisa melhorar também a ação das polícias, principalmente na questão da receptação desses celulares. E por fim, a gente precisa que o usuário não queira comprar mais barato, porque ele acaba fomentando o crime”, completou Alcadipani.
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