Um crime brutal ocorrido em 22 de agosto nos Estados Unidos chocou o país e reacendeu debates sobre saúde mental e segurança pública. A refugiada ucraniana Iryna Zarutska, de 23 anos, foi assassinada a facadas dentro de um trem na Carolina do Norte. O acusado, Decarlos Brown Jr., de 34 anos, foi preso e responde por homicídio em primeiro grau, além de crimes federais por uso do transporte coletivo para cometer o assassinato.
Imagens de segurança mostram o momento em que Zarutska se senta próxima a Brown, que logo em seguida a ataca com uma faca. O ato violento ocorreu sem aviso e deixou os passageiros em pânico. Brown já tinha histórico de distúrbios mentais e problemas com a polícia. Em janeiro, foi preso por uso indevido do número de emergência, alegando que havia dispositivos “fabricados pelo homem” em seu corpo. Na ocasião, foi liberado no mesmo dia.
A mãe do acusado, Michelle Dewitt, de 51 anos, declarou que o filho sofre de esquizofrenia e que a família tentou, sem sucesso, interná-lo em instituições de saúde mental. Ela criticou a falta de apoio do sistema e afirmou que ele não deveria ter sido liberado após a prisão anterior. Segundo Michelle, Brown acreditava estar sendo controlado por um chip implantado em seu cérebro.
O meio-irmão do acusado, Jeremiah, também se pronunciou, alertando que Brown poderia repetir o crime se não recebesse tratamento adequado. A possibilidade de motivação racial foi descartada pela mãe, que afirmou que o filho não era racista.
A Casa Branca, por meio da secretária de imprensa Karoline Leavitt, criticou a liberação de Brown, dizendo que ele estava “livre para massacrar uma mulher inocente”. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, indicou que o governo avalia a possibilidade de pedir a pena de morte.
Brown segue detido aguardando julgamento. A mãe pretende visitá-lo na prisão, mas acredita que ele não compreende a gravidade do que fez.