
Uma nova tendência de intimidades chamada “hamstering” tem ganhado popularidade nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde vídeos relacionados já acumulam milhões de visualizações. Apesar de parecer apenas mais uma excentricidade da internet, a prática tem gerado preocupação entre especialistas por envolver riscos físicos, legais e até de segurança cibernética.
O termo “hamstering” não tem relação direta com animais, mas sim com a posição adotada durante o ato. Segundo a influenciadora @jenn_nniffer, que demonstrou a prática em seu carro, ela consiste em o parceiro masculino posicionar-se sobre o teto do veículo e inserir o pênis pelo teto solar, enquanto a outra pessoa, dentro do carro, tenta alcançá-lo com a boca — em um movimento que lembra um hamster bebendo água em uma garrafinha.
Especialistas alertam para os perigos envolvidos. Robert Siciliano, profissional de cibersegurança, destacou que o fato de algo se tornar viral não significa que seja seguro. Ele chamou atenção para a influência que esse tipo de conteúdo pode ter sobre adolescentes e jovens adultos, muitas vezes sem a devida reflexão sobre as consequências.
Fabricantes de automóveis, como a Tesla, já emitiram alertas internos sobre os riscos de colocar partes do corpo para fora do teto solar. Entre os perigos estão colisões com objetos externos, como galhos e detritos, além do risco de fechamento acidental do teto, o que pode causar ferimentos graves.
Além dos riscos físicos, há também implicações legais. Nos Estados Unidos, leis de exposição indecente são rigorosas. Dependendo do estado, quem for flagrado praticando o “hamstering” em local público pode enfrentar desde contravenções até acusações criminais, com penas que variam de seis meses até dois anos de prisão. Em estados como a Califórnia, a punição pode incluir até o registro como agressor.
A prática também exige esforço físico significativo, sendo comparada a movimentos de yoga ou acrobacias, o que a torna difícil de executar para a maioria das pessoas. Há ainda o risco de danos ao veículo, como arranhões na pintura causados por fivelas ou botões.
O fenômeno do “hamstering” revela até que ponto a busca por viralidade pode ultrapassar limites de bom senso, segurança e legalidade, tornando-se mais um exemplo de como modas digitais podem trazer consequências inesperadas.