
A NASA emitiu um alerta sobre a expansão da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), uma região onde o campo magnético da Terra é significativamente mais fraco. Localizada sobre o Brasil e parte do oceano Atlântico adjacente, essa anomalia vem preocupando cientistas por seus potenciais impactos em satélites, astronautas e sistemas eletrônicos.
O campo magnético terrestre atua como um escudo contra partículas carregadas vindas do Sol. Na área da AMAS, essa proteção é reduzida, permitindo que partículas altamente energéticas, como prótons, penetrem com mais facilidade. Isso pode causar falhas em satélites, interferências em comunicações e até riscos à saúde de astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, que já relataram aumento da radiação durante a passagem pela região.
A anomalia afeta principalmente as regiões Sul e Sudeste do Brasil, além de parte da América do Sul e uma extensa faixa do oceano. Satélites que cruzam essa área frequentemente apresentam falhas temporárias ou desligamentos automáticos para evitar danos. Equipamentos espaciais precisam ser reforçados para suportar os efeitos da radiação ao sobrevoar a AMAS.
Além dos impactos no espaço, a anomalia também pode afetar sistemas na superfície terrestre, como GPS, radiocomunicação e até redes elétricas, especialmente durante tempestades solares. Cientistas observam com preocupação o crescimento gradual da área afetada e investigam se o fenômeno pode estar ligado a um processo de reversão dos polos magnéticos da Terra — um evento raro, mas natural ao longo da história geológica do planeta.
A NASA e outras agências espaciais estão monitorando a anomalia com satélites dedicados, buscando entender melhor seu comportamento e prever riscos para missões espaciais e tecnologias críticas. O avanço da AMAS representa um desafio para a era moderna, cada vez mais dependente de sistemas eletrônicos sensíveis ao ambiente espacial.