Um experimento realizado pelo youtuber Justin Dorff chamou atenção ao mostrar os efeitos de passar sete dias sem comer, ingerindo apenas água. A experiência, motivada por um período de estresse e tristeza, resultou em perda de 4,5 kg, mas também trouxe profundas mudanças emocionais e cognitivas.
Nos primeiros dias, Justin enfrentou fome intensa, cansaço e desânimo. No entanto, a partir do quinto dia, ele relatou uma virada radical no estado físico e mental, que chamou de “modo deus”. Segundo ele, a fome desapareceu e deu lugar a uma clareza mental e energia surpreendentes. Esse fenômeno é explicado pela cetose — um estado metabólico em que o corpo, com baixos níveis de insulina, passa a usar gordura como fonte de energia, liberando cetonas que alimentam o cérebro de forma mais eficiente.
Entre o quarto e o sexto dia, o corpo também aumenta a produção de hormônio do crescimento e adrenalina, o que pode gerar sensações de euforia e foco. Justin afirmou que, nesse período, conseguiu aproveitar melhor a vida cotidiana, valorizando momentos simples e se reconectando com amigos e familiares.
Apesar dos aspectos positivos, o jejum prolongado levanta preocupações médicas. Especialistas alertam para riscos como tonturas, desmaios, perda de massa muscular, desequilíbrios eletrolíticos e sobrecarga de órgãos como rins e fígado. Pessoas com doenças como diabetes ou problemas cardíacos devem evitar esse tipo de prática sem supervisão médica.
A experiência de Justin reacende o debate sobre os limites do corpo humano e os potenciais efeitos do jejum como ferramenta terapêutica ou espiritual. No entanto, os profissionais de saúde reforçam que, embora o jejum intermitente tenha ganhado popularidade, sua prática extrema deve ser cuidadosamente monitorada para evitar complicações graves.
