Na noite de 16 de setembro, um protesto visual impactante marcou a chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Reino Unido. Quatro pessoas foram presas após projetarem imagens gigantes de Trump ao lado de Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, nas paredes do Castelo de Windsor — local onde o presidente teria um encontro oficial com o rei Charles III no dia seguinte.
Trump chegou a Londres para sua segunda visita de Estado, acompanhado da primeira-dama Melania Trump. A expectativa era alta, especialmente após os protestos de sua visita anterior em 2019, que incluíram o famoso balão inflável “bebê Trump”. Desta vez, manifestantes prometeram ações ainda mais expressivas, levando a polícia britânica a reforçar a segurança.
A projeção, que também exibiu a ficha criminal de Trump tirada em 2023, foi realizada pelo grupo ativista Led By Donkeys, conhecido por ações políticas de grande visibilidade. Em suas redes sociais, o grupo publicou uma imagem do ato com a legenda: “Hey Donald, welcome to Windsor Castle”.
A polícia do Vale do Tâmisa agiu rapidamente, interrompendo a projeção e prendendo quatro indivíduos por “comunicação maliciosa”. A chefe de polícia Felicity Parker declarou que qualquer atividade não autorizada nas imediações do castelo é tratada com seriedade e que as investigações continuam.
Apesar do incidente, Trump não estava presente no castelo no momento da projeção. Ele e Melania passaram a noite na residência oficial do embaixador dos EUA em Londres. A visita oficial incluiu um banquete de Estado no dia seguinte, no próprio Castelo de Windsor.
Em entrevista, Trump minimizou os protestos e afirmou que seu foco principal na visita era discutir acordos comerciais com o Reino Unido. “Eles querem ver se conseguem refinar um pouco o acordo comercial. Fizemos um ótimo acordo. Estou disposto a ajudá-los”, disse o presidente.
O episódio evidenciou o clima polarizado em torno da visita de Trump, com manifestações críticas à sua figura pública e associações polêmicas, contrastando com sua tentativa de reforçar uma imagem de liderança voltada à diplomacia e ao comércio internacional.
