A Polícia Civil de São Paulo identificou dois suspeitos de envolvimento na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros em Praia Grande no último dia 15 de setembro. Os investigados são Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, de 33, conhecido como “Mascherano” e apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ambos tiveram suas digitais encontradas na cena do crime e são procurados pelas autoridades.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, “Mascherano” exercia uma função disciplinar dentro da facção criminosa na região do ABC paulista e possui extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas, roubo qualificado e corrupção de menores. Ele já cumpriu mais de seis anos de prisão, sendo liberado em 2023.
Além dos dois homens, uma mulher de 25 anos, Dahesly Oliveira Pires, foi presa sob suspeita de transportar um dos fuzis usados no atentado. Ela teria levado o armamento do ABC para o litoral sul de São Paulo. Dahesly já havia sido detida em 2023 por tentar entrar com drogas no Centro de Detenção Provisória II de Osasco.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o ex-delegado tentando fugir em um carro, colidindo com um ônibus e capotando. Em seguida, criminosos armados com fuzis descem de uma SUV preta e disparam mais de 20 tiros contra o veículo. Ruy Ferraz morreu no local.
Fontes foi o primeiro delegado a investigar o PCC no estado, atuando na Delegacia de Roubo a Bancos do Deic nos anos 2000. Com 40 anos de carreira, ocupava o cargo de secretário de Administração de Praia Grande desde 2023. Ele era especialista em combate ao tráfico e ao crime organizado, com formação internacional em repressão ao narcotráfico e terrorismo.
A polícia continua investigando a função exata de cada suspeito no atentado, mas confirma que todos estavam presentes na cena do crime.