Elon Musk, o homem mais rico do mundo, voltou ao centro das atenções após rumores de que poderá se tornar o primeiro trilionário da história, caso um ambicioso plano de ações com a Tesla se concretize. O acordo permitiria a Musk adquirir mais de 423 milhões de ações da empresa ao longo de dez anos, desde que a montadora atinja um valor de mercado de US$ 8,5 trilhões — oito vezes mais do que vale atualmente.
A possibilidade gerou reações internacionais, incluindo uma crítica contundente do papa Leão, o primeiro pontífice americano, durante uma entrevista ao portal The Crux. Ao completar 70 anos, o papa alertou para o aumento da desigualdade econômica e destacou a diferença crescente entre os salários da classe trabalhadora e os rendimentos de executivos. Segundo ele, enquanto há 60 anos CEOs ganhavam até seis vezes mais que funcionários comuns, hoje essa proporção pode chegar a 600 vezes.
O pontífice mencionou diretamente Musk, questionando os valores por trás de tamanha concentração de riqueza: “Se isso é a única coisa que importa agora, então estamos com um grande problema”, afirmou.
A resposta de Musk veio por meio das redes sociais, onde citou um trecho do evangelho de Mateus: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não percebe a trave que está no seu próprio olho?” A mensagem foi interpretada como uma crítica à Igreja Católica, sugerindo que o Vaticano deveria examinar seus próprios bens antes de julgar os outros.
Em seguida, Musk compartilhou uma declaração do ambientalista Kyle Bass, que afirmou que o patrimônio do Vaticano poderia chegar a US$ 2 trilhões, incluindo vastas propriedades de terra, isenções fiscais e um fundo de investimentos bilionário.
Especialistas, no entanto, apontam que a riqueza da Igreja é difícil de calcular com precisão, já que está distribuída entre dioceses, ordens e paróquias. As estimativas variam de US$ 10 bilhões a centenas de bilhões, reacendendo o debate sobre a transparência e a real dimensão do patrimônio da Santa Sé.