O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou repercussão internacional ao divulgar em sua rede social, Truth Social, um vídeo de uma operação militar que resultou na morte de três supostos narcotraficantes. A ação ocorreu em águas internacionais e foi realizada por um drone das Forças Armadas americanas, que lançou um míssil contra uma lancha em alta velocidade. A embarcação foi completamente destruída, sem deixar sobreviventes.
Segundo Trump, a operação foi autorizada por ele e executada com base em informações de inteligência que ligavam os ocupantes da lancha a uma organização terrorista envolvida no tráfico de drogas. O presidente afirmou que a embarcação seguia por uma rota conhecida por ser utilizada para o transporte de entorpecentes com destino aos Estados Unidos. Em sua publicação, Trump reforçou a mensagem com um apelo em letras maiúsculas: “PAREM DE VENDER FENTANIL, NARCÓTICOS E DROGAS ILEGAIS NA AMÉRICA, E DE COMETER VIOLÊNCIA E TERRORISMO CONTRA OS AMERICANOS!!!”.
Esta não foi a primeira ação do tipo sob a atual administração. Semanas antes, outra operação semelhante resultou na morte de 11 indivíduos supostamente ligados à gangue venezuelana Tren de Aragua, também em águas internacionais.
As ações, no entanto, têm gerado forte oposição dentro dos Estados Unidos. Senadores democratas como Adam Schiff e Tim Kaine criticaram duramente a falta de autorização do Congresso para tais ataques e questionaram sua legalidade. Schiff alertou para o risco de os EUA se envolverem em uma guerra sem justificativa clara, enquanto Kaine destacou a ausência de transparência do governo em relação às motivações e riscos das operações.
O debate promete se intensificar, colocando em xeque os limites do poder executivo em nome do combate ao narcotráfico e levantando preocupações sobre os impactos dessas ações na política externa e na segurança nacional.