A Europa entrou em estado de alerta após três caças russos MIG-31 invadirem o espaço aéreo da Estônia por cerca de 12 minutos, sem plano de voo, transponders ativos ou comunicação via rádio. O governo estoniano classificou o incidente como uma ação intencional e sem precedentes em ousadia, sendo a quarta violação do tipo em 2025. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores convocou um diplomata russo e emitiu um protesto formal.
O ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, anunciou que o país iniciará consultas com aliados da OTAN com base no Artigo 4 do tratado, o qual prevê reuniões emergenciais sempre que um membro se sentir ameaçado. A aliança atlântica confirmou que o Conselho do Atlântico Norte se reunirá na próxima semana para discutir os desdobramentos.
O episódio ocorre em meio a uma série de tensões recentes, incluindo a derrubada de drones russos na Polônia, o que aumentou os temores de uma escalada militar na região. A frequência e intensidade dessas ações têm mantido os países do Leste Europeu em constante vigilância.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o caso com preocupação: “Eu não gosto disso. Não gosto quando acontece. Pode ser um grande problema, mas vou deixar vocês saberem depois”, declarou. Em entrevista anterior à Fox News, Trump também apontou a relação pessoal extremamente tensa entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskyy como um fator que prolonga o conflito na Ucrânia. Segundo ele, “eles realmente se odeiam”.
Diante desses acontecimentos, cresce o temor de que a guerra na Ucrânia possa se expandir para outros territórios da OTAN, elevando o risco de um confronto direto entre potências militares e reacendendo o fantasma de uma Terceira Guerra Mundial.