
O furacão Gabrielle intensificou-se rapidamente no Atlântico, alcançando a categoria 4 na escala Saffir-Simpson nesta segunda-feira, com ventos sustentados de até 220 km/h. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o ciclone se encontra a cerca de 290 km das Bermudas e segue em direção ao nordeste. A previsão é que Gabrielle perca força gradualmente entre terça e quarta-feira, mas ainda representa uma ameaça significativa.
Mesmo a mais de 3.200 km de distância, os Açores já estão em alerta. Projeções indicam que o centro do furacão poderá passar entre os grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Pico, São Jorge, Graciosa e Faial) do arquipélago português na sexta-feira. Até lá, espera-se que Gabrielle seja rebaixado para a categoria 1, mas ainda com potencial para provocar condições climáticas adversas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) acompanha de perto a evolução do fenômeno. A meteorologista Elsa Vieira, do Centro de Previsão e Vigilância Meteorológica dos Açores, afirmou que, se a trajetória prevista se mantiver, todas as ilhas deverão enfrentar agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias.
Nas Bermudas, as ondas geradas pelo furacão já estão sendo sentidas, e o NHC alerta para correntes marítimas perigosas e grandes ondulações que devem atingir também a costa leste dos Estados Unidos, do estado da Carolina do Norte até o Canadá atlântico. Embora ainda não haja alertas costeiros em vigor, as autoridades recomendam precaução.
Até o momento, a temporada de furacões no Atlântico já contabiliza sete sistemas nomeados: Erin, Andrea, Barry, Dexter, Fernand, Chantal e Gabrielle. Desses, apenas Chantal tocou terra, provocando duas mortes em julho na Carolina do Norte. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) prevê uma temporada acima da média, com até 18 tempestades tropicais e nove possíveis furacões.