Em discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta sexta-feira (26/9), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez duras críticas à ideia de reconhecimento do Estado Palestino após os ataques de 7 de outubro, comparando a proposta à criação de um Estado para a Al-Qaeda após os atentados de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, permitir um Estado palestino tão próximo de Jerusalém seria “pura loucura”.
Netanyahu discursou em um plenário esvaziado, já que diversas delegações, incluindo a do Brasil, deixaram o local em protesto à presença do líder israelense. Durante sua fala, ele associou os ataques de outubro ao grupo Hamas e afirmou que reconhecer a Palestina ampliaria a ameaça terrorista contra Israel.
O premiê também atacou diretamente a Autoridade Palestina, liderada por Mahmoud Abbas, dizendo que o governo é corrupto, faz promessas falsas de reformas e paga terroristas para matar judeus. Para Netanyahu, Abbas não representa uma alternativa confiável ao Hamas.
Além disso, Netanyahu acusou o Hamas de agravar a crise humanitária em Gaza ao desviar toneladas de alimentos enviados por Israel como ajuda humanitária. Ele reforçou que o fim da guerra depende da libertação imediata dos reféns em poder do grupo.
O líder israelense reiterou que não haverá cessar-fogo enquanto o Hamas estiver no controle e que qualquer tentativa de concessão ao povo palestino, neste contexto, representaria um risco direto à segurança de Israel.