O empresário Elon Musk voltou aos holofotes após seu nome aparecer em documentos divulgados pelo Comitê de Supervisão e Reforma do Governo dos EUA, relacionados ao financista condenado por crimes sexuais, Jeffrey Epstein. Os registros, datados de 2014, incluem uma anotação sobre uma possível visita de Musk à ilha particular de Epstein, Little St. James, localizada nas Ilhas Virgens Americanas.
A citação gerou repercussão imediata, especialmente por ter ocorrido anos após Epstein já ter sido oficialmente registrado como criminoso sexual. Musk reagiu com veemência, negando qualquer envolvimento e criticando a cobertura da imprensa, em especial da rede Sky News, que segundo ele insinuou falsamente uma ligação sua com Epstein. “Qualquer pessoa promovendo essa narrativa falsa merece completo desprezo”, afirmou em suas redes sociais.
O bilionário também declarou que recusou convites de Epstein para visitar a ilha e se disse injustiçado por ter seu nome mencionado antes de figuras que, segundo ele, realmente estiveram com o financista, como o príncipe Andrew. O duque de York aparece em registros de voo com Epstein e Ghislaine Maxwell — ex-parceira do financista, condenada por tráfico sexual de menores.
Além de Musk e Andrew, os documentos mencionam encontros de Epstein com outras figuras influentes, como Bill Gates, Peter Thiel e Steve Bannon. A nova leva de registros reacende o escândalo global envolvendo Epstein, revelando a extensão de sua rede de contatos com personalidades poderosas da política, tecnologia e realeza.
Musk chegou a sugerir que o ex-presidente Donald Trump também poderia estar ligado ao caso, levantando suspeitas sobre um possível encobrimento por parte de sua administração. As declarações foram publicadas no Twitter, mas posteriormente apagadas.
Segundo o comitê responsável pela divulgação, os nomes das vítimas foram ocultados para preservar sua identidade, e novos documentos devem ser liberados após a conclusão do processo de anonimização. A porta-voz democrata Sara Guerrero destacou que as revelações evidenciam os laços de Epstein com os homens mais ricos e influentes do mundo, reforçando a importância de se buscar justiça para as vítimas.